segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Click de bastidores


Personagem Amélia, filmada por nosso cinegrafista Toninho.

sábado, 8 de novembro de 2008

Nossa última entrevista

Quase desistimos dessa entrevista. Arlita foi a segunda personagem que visitamos cujo os números da rua onde morava eram desordenados. A rua dela é composta por apenas dois quarteirões e mesmo assim tivemos que percorrer duas vezes cada quarteirão para encontrar a casa da nossa sexta e última personagem.

Perguntamos para o vizinho dela se sabia onde ficava a casa de número 39 e ele não soube responder. Arlita morava do lado desse homem e só conseguimos descobrir onde era a casa dela porque perguntamos em uma loja de roupas onde morava Dona Arlita. Curioso notar que em um espaço de convivência tão curto as pessoas não se conheçam.

A entrevista com Arlita não demorou. Ela falou com tranqüilidade e respondeu a todas as nossas perguntas. Apenas no início da entrevista ela se emocionou. Arlita tinha um olhar triste, vago, como se tivesse perdido o rumo.

Os pequenos espaços de Ilza

Tivemos uma certa dificuldade para encontrar a casa de Ilza porque no bairro onde ela mora grande parte das ruas mudaram de nome. Com a ajuda de um funcionário de uma loja de materiais de construção achamos a rua da nossa quinta personagem.

Encontramos a casa, paramos o carro e batemos na porta. Chamamos por ela. Gritamos Dona Ilza, batemos palma e depois de alguns minutos ela apareceu. A demora se justificou quando a vimos. Ilza tinha um curativo na perna esquerda e andava com certa dificuldade.

Quando ela abriu a porta avistamos um quintal pequeno e humilde, de terra batida, cheio de árvores. Tinha bananeira, amoreira e até pé de abacaxi. Atravessamos o quintal e chegamos na sala, onde faríamos a entrevista.

Pedimos Ilza para se sentar no sofá da sala e o cinegrafista teve dificuldades para enquadrá-la. O espaço nesse cômodo também era pequeno. Mas havia ali um objeto significativo para o nosso trabalho e por isso optamos por fazer a entrevista lá mesmo. Atrás dela pendurado na parede estava um mural de fotos familiares. Entre muitas fotografias havia uma de Luan ainda criança, que morreu assassinado quando era jovem.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Na casa de dona Geralda

Geralda nos recebeu de portas abertas. Na sala de sua casa realizamos a primeira parte da entrevista. Ela se sentou em um sofá e eu sentei no outro ao lado. Enquanto Izabela e os monitores preparavam o equipamento para gravação, dona Geralda nos contou um pouco de sua história.

Depois dessa primeira parte da entrevista, fomos conhecer o resto da casa de Geralda. Uma casa grande e impecavelmente organizada. Ela insistia em se desculpar pela bagunça, porém o que se notava era uma casa extremamente limpa e com os móveis e objetos em ordem.

O filho mais novo de dona Geralda acompanhou a entrevista. A paralisia cerebral do rapaz o impede de falar, porém não o impediu de ficar atento à conversa que tivemos com Geralda. Quando a mãe contou uma história engraçada de seu neto, o filho de dona Geralda começou a rir. Ele ficou o tempo todo observando a equipe e nos acompanhava por toda a casa. Não falava, mas se expressava sem precisar usar as palavras.